terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Em velocidade de cruzeiro

Depois de um tempo de desequilíbrios (o mês de janeiro foi muito mau) e de tentativas de remedeio, sinto que finalmente voltei a um ponto de equilíbrio, a uma rotina que conheço bem e que sei que me traz resultados.
Na alimentação o mote é não stressar. Comer o suficiente para aguentar o ritmo frenético em que ando mas que mesmo assim me permita queimar os últimos quilinhos de gordura, que estão a custar tanto a ir embora. Portanto estou a comer várias muitas vezes ao dia (faço entre 6 e 7 refeições) para me ir mantendo sem fome. Tenho apenas alguns cuidados básicos: tento manter a ingestão de calorias por volta das 1800, tento dar primazia à proteína sobre os hidratos (suplemento com whey e tomo o meu batido Herbalife, que adoro), e guardo os estragos alimentares para quando estou com o meu rapaz.
No que toca a treinos... bem, está difícil gerir tanta coisa! Encontrar um dia de descanso não está mesmo nada fácil porque estou metida em tanta coisa diferente. Assim de repente tenho planeados 10 treinos por semana! Entre as aulas de educação física (treino intervalado e corrida de séries), os treinos de atletismo (velocidade e salto em comprimento), os treinos de CrossFit (tento ir 3-4 vezes por semana) e os treinos de corrida contínua (2 vezes por semana), não é nada fácil gerir períodos de repouso, que também são essenciais. São vários os dias em que faço dois treinos por dia. Mas sinceramente... desde que durma o suficiente e me alimente sinto-me muito bem.
Não me tenho pesado. Nesta altura o peso não é importante. Tenho que fazer o que já sei que é certo e esperar por resultados.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Lá tive que enfrentar a balança

Estava com tanto medo, depois dos verdadeiros atropelos alimentares que tenho cometido. Afinal não foi tão mau assim. Estou com 63,7 kg e com 25,4% de massa gorda. E também já voltei aos eixos...

III Trail Montes Saloios

Primeiro pensamento quando acordei no dia da prova e ouvi a chuva: meto-me em cada uma! Os alertas de temporal pediam um domingo de sofá e ronha, mas já estava tudo combinado e tinha mesmo de ser. Chego a Covas de Ferro antes das 8:00 e começo a encontrar caras conhecidas. Ritual de distribuição de dorsais, ajustar equipamento, último xixi, última banana, último beijinho e lá vamos nós. Nos primeiros metros ainda vou a lembrar algumas palavras do pessoal mais batido:"vais com esses ténis?vais escorregar!" Mas era a primeira corrida do género e não quis investir em equipamento específico. Por isso parti com uns ténis de estrada velhinhos, quase sem rasto e um impermeável emprestado não sei quantos números acima do meu.
Partiu um grupo compacto em que mal dava para ver onde punha o pé seguinte mas que me permitiu observar a "técnica" e a escolha de percurso dos restantes atletas. Lama, pedras, chuva, vento, frio... E eu a adorar cada passo. Correr assim é tão diferente de correr em estrada! A cabeça vai ocupada a escolher a próxima passada e distrai-se do cansaço das pernas e da respiração. Chego à primeira descida a sério e percebo o que me diziam: com os meus ténis a lama parece manteiga e o trilho uma pista de patinagem. Abrando. Vou a medo, a apalpar terreno. Muitos atletas passam por mim a voar, mas não tenho coragem de arriscar uma queda. Faço a prova "ao contrário" corro nas subidas, ando nas descidas. Engraçado porque acabo por me cruzar várias vezes com os mesmos atletas:eles voam por mim nas descidas, eu arrasto-me passando por eles nas subidas. 


O ambiente é descontraído. Dá para trocar umas palavras de incentivo, ter alguém a quem me queixar da minha má escolha.
Primeiro abastecimento:água e fruta (mesmo o que precisava!), segundo "abastecimento": ginjinha em copo de chocolate (eh lá! com esta não contava!). Passo pela placa dos 15 km e tenho um segundo de desespero: enganei-me no caminho! segui para os 25 km! O que tem de ser tem de ser e lá me mentalizei para mais 10 km em que a chuva nos olhos mal me deixava ver a estrada. Mas afinal... ali estava ela, a chegada, para lá dos 16,5 km. Abrandei para me colar a um atleta porque o meu sentido de orientação estava a falhar por completo. Trocámos um "está quase" e entrámos um atrás do outro no pavilhão. "Parabéns! És a quarta mulher!" "Eu???" Decididamente sou perseguida pela sorte de principiante. Banho, roupa quente, a banana da praxe, uma sopa quentinha maravilhosa e estou nova. Nada de bolhas, nada de dores musculares. Fiquei a ver as chegadas e arrependi-me amargamente de não ter tentado os 25 km.
Balanço: dificilmente podia ter escolhido melhor prova de estreia. A organização dos Montes Saloios foi exemplar e o caminho de uma beleza incrível. A repetir sem dúvida. 

P.S. -  Não me enganam mais, já tenho os meus ténis de trail.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

GP Queluz

Este domingo tive a minha primeira prova do torneio das localidades, em Queluz de Baixo. A prova para o meu escalão é de apenas 4 km. E só vos digo: 4 km infernais! Primeiro porque é uma prova muito rápida, em que estamos sempre no limite. Segundo porque o percurso era muito exigente, com subidas muito acentuadas.

Foi muito giro ir a uma prova destas, em que participam muitas equipas de atletismo, e ver que realmente correr é o desporto mais despretensioso e de massas que existe. Vemos todo o tipo de gente a correr: mais velhos (muito velhos!), mais novos (bem pequenitos), mais gordos, mais magros, todos equipados a rigor, equipados com qualquer trapinho. Foi uma festa!

Sobre o Fim da Europa

Sem nunca ter feito esta distância, depois de duas semanas de choco absoluto e a recuperar de uma infecção respiratória, fazer os 17 km de subidas e descidas parecia-me missão para loucos. Único objectivo: começar e terminar sem parar de correr.


Parti sem relógio, sem música, sem objectivos definidos, propositadamente sozinha entre uma multidão de desconhecidos, e o que tirei desta prova é muito maior do que alguma vez esperei. Eu, que sempre odiei correr, ADOREI cada quilómetro.


Adorei o nervosinho da partida e adorei a energia estonteante da chegada. Adorei as descidas mas adorei ainda mais as subidas. Adorei o nevoeiro, as paisagens e o vento. Senti-me inspirada pelos atletas mais rápidos que eu, e uma grande empatia pelos que estavam em maiores dificuldades. Adorei que as minhas mãos não tivessem inchado, que o meu ombro não tivesse doído e só ter feito uma bolha Adorei não ter maldito a minha vida uma única vez durante o percurso - em vez disso senti-me afortunada por poder correr. Fiquei estupefacta quando aos 12 quilómetros passou por mim (e com que velocidade!) um atleta a correr descalço. Adorei os incentivos de perfeitos estranhos ao longo da estrada e adorei incentivar outros desconhecidos com quem me fui cruzando. Senti-me eufórica quando finalmente vi o farol do Cabo da Roca lá ao fundo. E adorei encontrar na chegada as caras amigas de quem me diz tanto. Maior vitória de todas: correr com prazer.

Treinos, provas e planos

Treinar é cada vez mais uma paixão. Não só pelas boas sensações trazidas pela actividade física em si, mas também pela oportunidade de experimentar coisas novas, testar os meus limites e conhecer outras pessoas.

A minha cabeça está sempre a magicar o próximo passo, a próxima aventura, e só tenho pena de o tempo não chegar para tudo. Do lado do que já passou à prática continuam os meus treinos de CrossFit (essa é a base dos meus treinos), a corrida e a minha primeira aula de Jiu Jitsu. Do lado do que ainda não passa de planos está a bicicleta (a ver se pára de chover!), começar a fazer corridas de trail, fazer provas de orientação e um dia fazer uma prova de aventura.

No final de Outubro fiz a minha primeira prova de 10 km, depois disso participei num corta mato de 6 km e inscrevi-me num torneio que inclui várias provas (uma a cada 15 dias). Portanto... vou andar ocupada! Mas a prova que realmente me deu prazer correr foi o Fim da Europa, que merece um post só para si.


Vamos a balanços

Por razão nenhuma em especial lembrei-me hoje deste meu cantinho, das razões da sua criação e de como as mesmas estão desactualizadas. A pessoa que eu era em Outubro de 2008 pouco tem em comum com a que sou hoje. Dou por mim a ler posts dos primeiros anos, algumas até do ano passado e a ter necessidade de ser um pouco condescendente com alguma da minha ignorância e da minha ingenuidade. Não quero dizer que hoje sei muito mais, mas há um caminho que foi feito e que já não permite um voltar atrás. Muitos testes e experiências, muitas leituras, muitas conversas. Tornei-me uma pessoa mais equilibrada, mais consciente de tudo o que levo à boca. E só isso já é bom.

Sinceramente já tenho pouca motivação para ter um blog apenas para falar de pesos, de truques, de menus, receitas e calorias. É claro que isso continua a ter o seu espaço. Primeiro porque ainda não estou nos 60 kg que tanto almejei, segundo porque não posso mesmo distrair-me e deixar que a minha natureza de gulosa vença.

Mas só isso é pouco. A minha vida é muito muito mais que isso e apetece-me incluí-la neste espaço. Não toda, porque também não me quero expor demasiado, mas pelo menos no que toca aos meus treinos, paixão cada vez maior.

Por isto tudo, hoje andei às voltas com o design do blog. Não está nada de jeito, mas como hoje já esgotei a paciência vai ter de servir. Apaguei sem querer a barra de evolução do meu peso e não sei como a recuperar e aos dados que tinha desde o início do blog. Enfim... De qualquer maneira nos últimos meses  meu peso tem andado estagnado entre os 62 e os 64 kg. Estou a precisar de um abanão para ver se perco os últimos quilinhos.