terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

III Trail Montes Saloios

Primeiro pensamento quando acordei no dia da prova e ouvi a chuva: meto-me em cada uma! Os alertas de temporal pediam um domingo de sofá e ronha, mas já estava tudo combinado e tinha mesmo de ser. Chego a Covas de Ferro antes das 8:00 e começo a encontrar caras conhecidas. Ritual de distribuição de dorsais, ajustar equipamento, último xixi, última banana, último beijinho e lá vamos nós. Nos primeiros metros ainda vou a lembrar algumas palavras do pessoal mais batido:"vais com esses ténis?vais escorregar!" Mas era a primeira corrida do género e não quis investir em equipamento específico. Por isso parti com uns ténis de estrada velhinhos, quase sem rasto e um impermeável emprestado não sei quantos números acima do meu.
Partiu um grupo compacto em que mal dava para ver onde punha o pé seguinte mas que me permitiu observar a "técnica" e a escolha de percurso dos restantes atletas. Lama, pedras, chuva, vento, frio... E eu a adorar cada passo. Correr assim é tão diferente de correr em estrada! A cabeça vai ocupada a escolher a próxima passada e distrai-se do cansaço das pernas e da respiração. Chego à primeira descida a sério e percebo o que me diziam: com os meus ténis a lama parece manteiga e o trilho uma pista de patinagem. Abrando. Vou a medo, a apalpar terreno. Muitos atletas passam por mim a voar, mas não tenho coragem de arriscar uma queda. Faço a prova "ao contrário" corro nas subidas, ando nas descidas. Engraçado porque acabo por me cruzar várias vezes com os mesmos atletas:eles voam por mim nas descidas, eu arrasto-me passando por eles nas subidas. 


O ambiente é descontraído. Dá para trocar umas palavras de incentivo, ter alguém a quem me queixar da minha má escolha.
Primeiro abastecimento:água e fruta (mesmo o que precisava!), segundo "abastecimento": ginjinha em copo de chocolate (eh lá! com esta não contava!). Passo pela placa dos 15 km e tenho um segundo de desespero: enganei-me no caminho! segui para os 25 km! O que tem de ser tem de ser e lá me mentalizei para mais 10 km em que a chuva nos olhos mal me deixava ver a estrada. Mas afinal... ali estava ela, a chegada, para lá dos 16,5 km. Abrandei para me colar a um atleta porque o meu sentido de orientação estava a falhar por completo. Trocámos um "está quase" e entrámos um atrás do outro no pavilhão. "Parabéns! És a quarta mulher!" "Eu???" Decididamente sou perseguida pela sorte de principiante. Banho, roupa quente, a banana da praxe, uma sopa quentinha maravilhosa e estou nova. Nada de bolhas, nada de dores musculares. Fiquei a ver as chegadas e arrependi-me amargamente de não ter tentado os 25 km.
Balanço: dificilmente podia ter escolhido melhor prova de estreia. A organização dos Montes Saloios foi exemplar e o caminho de uma beleza incrível. A repetir sem dúvida. 

P.S. -  Não me enganam mais, já tenho os meus ténis de trail.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

GP Queluz

Este domingo tive a minha primeira prova do torneio das localidades, em Queluz de Baixo. A prova para o meu escalão é de apenas 4 km. E só vos digo: 4 km infernais! Primeiro porque é uma prova muito rápida, em que estamos sempre no limite. Segundo porque o percurso era muito exigente, com subidas muito acentuadas.

Foi muito giro ir a uma prova destas, em que participam muitas equipas de atletismo, e ver que realmente correr é o desporto mais despretensioso e de massas que existe. Vemos todo o tipo de gente a correr: mais velhos (muito velhos!), mais novos (bem pequenitos), mais gordos, mais magros, todos equipados a rigor, equipados com qualquer trapinho. Foi uma festa!

Sobre o Fim da Europa

Sem nunca ter feito esta distância, depois de duas semanas de choco absoluto e a recuperar de uma infecção respiratória, fazer os 17 km de subidas e descidas parecia-me missão para loucos. Único objectivo: começar e terminar sem parar de correr.


Parti sem relógio, sem música, sem objectivos definidos, propositadamente sozinha entre uma multidão de desconhecidos, e o que tirei desta prova é muito maior do que alguma vez esperei. Eu, que sempre odiei correr, ADOREI cada quilómetro.


Adorei o nervosinho da partida e adorei a energia estonteante da chegada. Adorei as descidas mas adorei ainda mais as subidas. Adorei o nevoeiro, as paisagens e o vento. Senti-me inspirada pelos atletas mais rápidos que eu, e uma grande empatia pelos que estavam em maiores dificuldades. Adorei que as minhas mãos não tivessem inchado, que o meu ombro não tivesse doído e só ter feito uma bolha Adorei não ter maldito a minha vida uma única vez durante o percurso - em vez disso senti-me afortunada por poder correr. Fiquei estupefacta quando aos 12 quilómetros passou por mim (e com que velocidade!) um atleta a correr descalço. Adorei os incentivos de perfeitos estranhos ao longo da estrada e adorei incentivar outros desconhecidos com quem me fui cruzando. Senti-me eufórica quando finalmente vi o farol do Cabo da Roca lá ao fundo. E adorei encontrar na chegada as caras amigas de quem me diz tanto. Maior vitória de todas: correr com prazer.

Treinos, provas e planos

Treinar é cada vez mais uma paixão. Não só pelas boas sensações trazidas pela actividade física em si, mas também pela oportunidade de experimentar coisas novas, testar os meus limites e conhecer outras pessoas.

A minha cabeça está sempre a magicar o próximo passo, a próxima aventura, e só tenho pena de o tempo não chegar para tudo. Do lado do que já passou à prática continuam os meus treinos de CrossFit (essa é a base dos meus treinos), a corrida e a minha primeira aula de Jiu Jitsu. Do lado do que ainda não passa de planos está a bicicleta (a ver se pára de chover!), começar a fazer corridas de trail, fazer provas de orientação e um dia fazer uma prova de aventura.

No final de Outubro fiz a minha primeira prova de 10 km, depois disso participei num corta mato de 6 km e inscrevi-me num torneio que inclui várias provas (uma a cada 15 dias). Portanto... vou andar ocupada! Mas a prova que realmente me deu prazer correr foi o Fim da Europa, que merece um post só para si.


Vamos a balanços

Por razão nenhuma em especial lembrei-me hoje deste meu cantinho, das razões da sua criação e de como as mesmas estão desactualizadas. A pessoa que eu era em Outubro de 2008 pouco tem em comum com a que sou hoje. Dou por mim a ler posts dos primeiros anos, algumas até do ano passado e a ter necessidade de ser um pouco condescendente com alguma da minha ignorância e da minha ingenuidade. Não quero dizer que hoje sei muito mais, mas há um caminho que foi feito e que já não permite um voltar atrás. Muitos testes e experiências, muitas leituras, muitas conversas. Tornei-me uma pessoa mais equilibrada, mais consciente de tudo o que levo à boca. E só isso já é bom.

Sinceramente já tenho pouca motivação para ter um blog apenas para falar de pesos, de truques, de menus, receitas e calorias. É claro que isso continua a ter o seu espaço. Primeiro porque ainda não estou nos 60 kg que tanto almejei, segundo porque não posso mesmo distrair-me e deixar que a minha natureza de gulosa vença.

Mas só isso é pouco. A minha vida é muito muito mais que isso e apetece-me incluí-la neste espaço. Não toda, porque também não me quero expor demasiado, mas pelo menos no que toca aos meus treinos, paixão cada vez maior.

Por isto tudo, hoje andei às voltas com o design do blog. Não está nada de jeito, mas como hoje já esgotei a paciência vai ter de servir. Apaguei sem querer a barra de evolução do meu peso e não sei como a recuperar e aos dados que tinha desde o início do blog. Enfim... De qualquer maneira nos últimos meses  meu peso tem andado estagnado entre os 62 e os 64 kg. Estou a precisar de um abanão para ver se perco os últimos quilinhos.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Hello 62!

Cá venho eu contar as novidades. Ando muito preguiçosa para vir ao blog mas hoje achei que devia vir registar alguns pequenos sucessos - e também fracassos...

Começando pelos fracassos: durante duas ou três semanas andei a comer mal, muito mal: chocolate, bolos, hambúrgueres... enfim, pequenos grandes exageros desnecessários. Nem me andava a pesar com medo do que poderia ver. Ontem decidi pesar-me para pôr um ponto final neste festança. 62,1 kg. What??? Ando a portar-me bem a balança não mexe. Porto-me mal perco um quilo.

Mas depois também fiquei a pensar na minha vidinha nos últimos tempo e fez-se luz. É que eu tenho treinado mesmo muito e duro. Provavelmente andei a comer porcarias porque não andava a comer o suficiente às refeições para alimentar o ritmo com que ando com aulas e treinos.

Para além do CrossFit (3 x semana), ainda tenho treinos de atletismo (velocidade 2 x semana), aulas de educação física, que têm sido bem puxadas (1 x corrida de séries e 1 x treino em circuito) e mais algum extra que apareça (sim... isso quer dizer que por vezes faço bidiários). Ou seja, são sete treinos por semana mais extras. Ultimamente os extras têm sido correr. Há menos de um mês participei na minha primeira corrida de 10 km. Fiz um tempo muito melhor do que esperava: ligeiramente acima dos 48'. Não é que adore correr... mas correr acompanhada dá uma grande motivação. Queria começar a fazer provas de trail, por isso tenho que treinar. Na semana passada, por exemplo, fiz 10 km na serra (40' sempre a subir!!) na 5ª feira e outros tantos no domingo (também com muitas subidas). Resultado: apesar das porcarias perdi  peso. Seja como for, eu não quero perder peso à maluca nem andar a empanturrar-me de chocolates. Por isso vou aumentar ligeiramente a ingestão calórica às refeições e evitar os excessos, sobretudo os doces. Também tenho que ser mais rigorosa com os tempos de descanso para ver se vou recuperando...

E pronto! Estou contente com os meus 62,1 kg. Nem queria acreditar. Faltam 2 kg para o meu objectivo. Depois de o atingir a luta vai ser a de baixar a massa gorda.


domingo, 6 de outubro de 2013

Tal como eu suspeitava

O peso abaixo dos 63 foi sol de pouca dura. Hoje a balança confirmou: 63,1 kg. Ainda assim estou contente. Estou muito muito perto do meu primeiro objetivo a nível de percentagem de massa gorda - 25,2% e quero chegar rapidamente aos 25%. O objetivo seguinte é os 23%. Também a nível de peso já não estou muito longe. Faltam-me 3,1 kg! Vamos lá continuar a fazer as coisas como deve ser!